Salve Maria
Depois de um longo tempo sem atualizar este blog. Volto com uma novidade muito boa.
Será postado no blog no decorrer do ano litúrgico que se inicia a partir de Domingo dia 27 de Novembro vídeos com os cantos dos Domingos e dias de guarda com traduções para os corais de canto gregoriano para se preparar para animar a Santa Missa.
Link para o Primeiro Domingo do Advento
I Domingo do Advento
Ano Liturgico
O Ano Eclesiástico
No transcorrer dos primeiros séculos do Cristianismo era a Santa Missa a fonte de forças para os fiéis, quer a celebrassem os Sacerdotes no silêncio e nas trevas das catacumbas, quer nas imponentes Basílicas da antiguidade. Diz Santo Agostinho: Rendemos culto a Deus, rezando, e Deus cuida de nós, comunicando-nos os tesouros de sua misericórdia.
O ano eclesiástico e as suas partes
O ano eclesiástico começa no primeiro Domingo do Advento e termina no sábado que se segue ao 24º Domingo depois de Pentecostes. Compõe-se de estações ou tempos litúrigcos, que formam, no seu conjunto, o Próprio do Tempo. Todo o ano litúrgico é assim chefiado pelo Temporal.
Paralelo ao Próprio do Tempo, segue o Próprio dos Santos, incluindo todas as festas dos Santos, que a Igreja celebra no decurso do ano. O Santoral compõe-se, geralmente, de festas com data fixa, enquanto que o ciclo temporal, devido à mobilidade da festa da Páscoa, se compõe sobretudo de festas com data variável.
O Temporal
A celebração dos mistérios de Cristo está divídida em duas partes; o ciclo do Natal e o ciclo da Páscoa. Cada um destes ciclos se subdivide, por sua vez, em "Tempos" que preparam ou prologam a celebração destas duas grandes festas. Só depois de percorrer conosco toda a vida de Cristo e de terminar as de Pentecostes, é que a Santa Igreja consagra a segunda parte do ano à formação prática da nossa vida de batizados, servindo-se dos principais ensinamentos do Salvador e dos Apóstolos.
Ciclos Liturgico
Ciclo do Natal
I. O Tempo do Advento (do latim adventu: chegada) compõe-se de quatro semanas, que nos fazem suspirar, com os Patriarcas e Profetas, pela vinda do Salvador.
II. O Tempo do Natal celebra o nascimento do Verbo Encarnado e a sua epifania ou manifestações ao mundo.
Entre o ciclo do Natal e o da Páscoa, os domingos depois da Epifania, constituem um período intermediário maior ou menor conforme a data da Páscoa.
Ciclo da Páscoa
O ciclo pascal que gira à volta da própria festa da Páscoa - a festa das festas - é o centro do ano litúrgico. De certo modo, o ciclo do Natal mais não é que a sua preparação.
I. Uma série de nove semanas introduzem progressivamente na celebração do mistério pascal:
a) O Tempo da Septuagésima prepara-nos para a Quaresma, recordando-nos a desolação humana depois do pecado.
b) O Tempo da Quaresma, que começa na Quarta-feira de Cinzas, é já uma preparação direta para a Páscoa, ao longo de quarenta dias de penitência e de recolhimento, que lembram o jejum de Cristo no deserto.
c) O Tempo da Paixão, que compreende as duas últimas semanas da Quaresma e recorda os sofrimentos do Senhor durante a Paixão, celebra o mistério da nossa Redenção operada por sua morte na cruz.
II. O Tempo Pascal é um tempo de alegria, em que a Santa Igreja celebra Cristo ressuscitado (Páscoa) e subindo ao céu (Ascensão). Ela nos associa à Ressurreição de Cristo fazendo-nos viver na terra a sua vida, na esperança de participar um dia, da sua glória no céu. Com a descida do Espírito Santo, em dia de Pentecostes, encerra-se o Tempo Pascal.
Ano Eclesiástico
Os domingos depois de Pentecostes
Depois do ciclo pascal vêm os domingos depois de Pentecostes, que abrangem um longo período de 23 a 28 semanas.
Depois de ter celebrado os principais mistérios de Cristo, a Santa Igreja inicia a longa série dos domingos "per annum", no decurso dos quais é ministrada aos fiéis uma doutrinação contínua, não sistematizada mas extremamente rica, em que podem haurir a seiva e o espírito que vivifica e anima a própria Igreja.
O Santoral
É no decurso do Temporal que se vêm inserir, sem lhe quebrar o ritmo, as festas dos santos com a sua fisionomia particular. Longe de fazer esquecer a Redenção, centro da economia cristã, mostram, ao contrário, a sua multiforme realização e maravilhosa extensão no mundo através dos séculos. S. Pio X, na Bula Divino afflatu, estabelece as regras que nos devem orientar na jerarquização das festas dos santos, que se intercalam no decurso do ano entre os grandes mistérios do ciclo cristológico.
O primeiro lugar pertence à Santíssima Virgem. A seguir vêm os Santos Anjos; depois, segundo o maior ou menor papel que desempenharam no plano da Incarnação, S. João Batista, precursor do Messias, S. José, S. Pedro, S. Paulo e os demais Apóstolos, cujo culto data já de velhos tempos. As festas dos Padroeiros da Nação, Diocese ou Paróquia têm também lugar principal em vírtude da gratidão que devemos, a estes desvelados protetores. Seguem-se as festas da Dedicação das Igrejas, as festas dos Mártires, dos Pontífices (Papas e Bispos), dos Doutores (Padres da Igreja e mestres autorizados da palavra divina), dos Confessores (daqueles que confessaram com o exemplo e com a palavra O Nome de Deus), das Virgens e das Santas mulheres.
Com os Mártires, o culto dos Santos remonta às primeiras origens da Igreja. Com o andar dos tempos, as suas festas ocuparam todo o calendário, chegando mesmo a sobrecarregá-lo, se a Igreja não vigiasse periodicamente por manter ao temporal o seu carácter predominante, indispensável para fazer da celebração dos mistérios de Cristo o centro da nossa vida.
É precisamente este o objetivo da reforma litúrgica levada a efeito por Pio XII (Decreto da S. C. dos Ritos, de 23 de Março de 1955), e por João XXIII, com o motu propio Rubricarumn instructum, de 25 de Julho de 1960. As rubricas do breviario e do missal são modificadas, no intuito de uma simplificação e abreviação, e ainda para acentuar a ímportância das festas do ciclo litúrgico, pela redução dps festas dos santos, cujo rito é diminuído, e das vigílias, bem como das oitavas, suprimidas na sua quase totalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário